Psicanálise Víncular e Terapia Sistêmica


Em meados do século XX começou-se a analisar a perspectiva vincular na teoria psicanalítica. Percebeu-se que a Teoria Psicanalítica não poderia continuar ignorando a influência dos antepassados para a confrontação da subjetividade humana e, então, foi necessário reconsiderar o sujeito do inconsciente, não só como sujeito da pulsão, mas também pensar o sujeito do inconsciente como sujeito de sucessão" 

Não só a família próxima nos antecede e influencia nosso modo de ser, mas também há diversas tradições das quais somos herdeiros, por onde circulam desejos, ideias, significados, proibições e prescrições, construindo nossa individualidade. 

O sujeito da psicanalise é um sujeito de herança. Esse sujeito herda aspirações, conflitos, dilemas, irracionalidades, os conflitos não resolvidos por gerações anteriores. Suas possibilidades criativas, inovadoras e podem, às vezes, ver-se entorpecidas por identificações alienantes que o impedem de reelaborar a herança, levando-o a repetir. 

Como se pode dar aos filhos aquele afeto verdadeiro que se pensa nunca ter recebido dos genitores, quando crianças ou adolescentes? 


No âmbito da terapia Sistêmica Familiar, os modelos de aprendizagem familiar são fundamentais e se transmitem, inevitavelmente, de geração em geração.

Dentro do sistema de circularidade familiar, as ações dos membros de uma família exercem uma influencia difusa e não uni-direcional; cada ação constitui também uma reação e uma premissa de influencia reciproca complexa.  




ANDOLFI, M. A Teoria dos Sistemas Familiares de Murray Bowen. 2002.

BOWEN, M; KEER, M;E. Differentiation of self. Em: Family Evaluation. Norton & Company p. 89 a 111. Nova York, Londres. 1998.

MOGUILLANSKY, R; NUSSBAUM, S.L. Psicanálise Vincular - Teoria e Clínica. Vol.1: Fundamentos teóricos e abordagem clínica do casal e da família. São Paulo: Zagodoni Editora, 2011.


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